De uma celebração para pedir boas colheitas em uma Europa pagã, até chegar ao posto de uma das maiores festas do Brasil regadas a muita música, comida e simbolismos regionais, com certeza a festa junina tem muito história para contar.
Uma festa importada
Os portugueses trouxeram, além do idioma, muitas tradições europeias que foram abrasileiradas com o tempo. Dentre elas, veio a festa de São João, no século XVI. Porém, antes de ser conhecida como uma das festas santas do cristianismo, ela na verdade era uma celebração pagã do velho continente que acontecia no solstício de verão, precisamente no mês de junho.
Com o crescimento do Cristianismo, as culturas pagãs foram suprimidas, porém suas festas e ritos eram tão fortes que a igreja católica decidiu cristianizá-las.
As tradicionais fogueiras também são herança dos festivais pagãos.
O dia 24 de junho é a data de aniversário de São João. Então, unindo o útil ao agradável, ele tomou conta da época dos festivais de junho.
As comidas típicas e a fartura de alimentos também é um reflexo da cultura pagã, já que remetia ao que era pedido durante os rituais. O milho, por exemplo, é usado por ser um alimento versátil e forte, base da alimentação de muitos brasileiros e símbolo da roça.
Hoje, a maior festa junina do Brasil é em Campina Grande, no Nordeste, onde se apresentam grandes grupos de quadrilha com danças típicas embaladas ao som do forró.
Aliás, sabia que o forró pode ter raízes na França?
Existem algumas teorias sobre a origem do nome forró, mas as duas mais aceitas são a de que o nome veio do termo usado em algumas matrizes africanas, o forrobodó, que significa estardalhaço, festa grande, e adjetivos neste sentido. O outro, é de que vem da palavra galego-portuguesa forbodó, uma corrupitela doe faux-bourdon, algo que possui a conotação de desentoação.
As danças e quadrilhas típicas do festival também tem inspiração francesa, pois se iniciou com o modelo de quadrilhas dos antigos saraus feitos no país, em que pares dançam a mesma coreografia em um ritmo animado. Inclusive, vários dos termos usados pelos grupos de quadrilha tem origem francesa, como o “alavantú”, que veio de en avant, tute (para a frente, todos) e o “anarriê”, do francês an arrière (para trás).
Festa Junina em casa
Se você ama a época e a atmosfera festiva, certamente deve fazer uma comemoração à caráter, transformando a sua casa ou até mesmo o local de trabalho em um pequeno arraial. E agora que sabe as suas origens, fica muito mais fácil pensar em como decorar o seu espaço de forma fiel, não é mesmo?
À francesa
Já que a França é, inesperadamente, parte importante dessa festa, que tal pegar algumas referências?
As cores azul e vermelha são muito usadas em bandeirinhas e toalhas, bem como nas roupas juninas. Tais cores fazem parte da bandeira do país. Então que tal ao montar a sua mesa, usar toalhas com xadrez nessa coloração e vasilhas combinando? A mistura fica incrível.
Palha e madeira
Ambiente Casttini Fortaleza
A cor da palha pode ser facilmente imitada com madeira. A textura é uma excelente escolha para o tema junino, já que remete ao campo e aos cereais em tempo de colheita.
Amarelo: símbolo de riqueza e fartura
A cor amarela é comumente associada a alimentos e riqueza, além de transmitir sensação de energia e felicidade. Ou seja, combina perfeitamente com a data e sua simbologia ancestral.
Decoração bucólica
A decoração bucólica utiliza detalhes campestres e remete a belas paisagens do campo, bem como também significa algo puro, intocado e ingênuo. Logo, esse estilo envolve elementos da zona rural de forma delicada, beirando o romantismo. É um caminho a seguir quando você gosta de adereços minimalistas e delicados.
Cores complementares para não errar no colorido
Revista Cláudia.
Na confusão de cores que é a festa junina, pode ser muito fácil uma decoração desordenada. Portanto, utilize o círculo cromático e use cores contrárias em formas de bloco, como no color block, para manter o seu ambiente visualmente organizado.
Gostou dessas dicas? Leia mais ideias para decoração no blog da Casttini.
